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quinta-feira, maio 31, 2007

Cativar alguém



"De repente, você passa a ser, de uma menininha que eu via quase todos os dias na minha rua e achava normal, a uma mulher que habita meus pensamentos, meu coração, minhas palavras... Como isso foi acontecer? Encontrei aqui uma bela explicação:"


Então a raposa apareceu.
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. Quem é você? Você é tão bonita de se olhar.
- Eu sou uma raposa, disse a raposa.
- Venha brincar comigo, propôs o Pequeno Príncipe. Eu estou tão triste.
- Eu não posso brincar com você, a raposa disse. Não me cativaram ainda.
- O que significada isso – cativar?
- É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam, disse a raposa. Significa estabelecer laços.
- Sim, disse a raposa. Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se você me cativar então nós precisaremos um do outro.
A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse:
- Por favor cativa-me.
- O que eu devo fazer para cativar você? perguntou o Pequeno Príncipe.
- Você deve ser muito paciente. Disse a raposa. Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
(Adaptado de "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupery)

segunda-feira, maio 28, 2007

terça-feira, maio 22, 2007

Think about you




De tanto pensar em você

Às vezes esqueço até de pensar em mim

Mas quer saber...Não importa!

Me sinto bem assim.

sexta-feira, maio 04, 2007